LEFT 4 DEAD 2 - Review
Ano passado, a VALVE nos surpreendeu com um jogo de tiro em primeira pessoa diferente de tudo que tínhamos visto até então. Frenético, assustador, selvagem e até mesmo um pouco engraçado, o primeiro Left4Dead foi muito bem recebido pela crítica especializada e, principalmente pelo público, que adotou o jogo como um novo xodó no Xbox 360. Quando a continuação foi anunciada, gerou polêmicas e até alguns xingamentos por volta da comunidade, que se sentiram traídos com o prematuro anúncio da continuação. Todos ainda esperavam mais expansões do primeiro episódio, pois o título ainda continuava quente nas prateleiras. Ao sentir essas reações do público, a VALVE, rapidinho ofereceu uma bandeira branca: Aos que tivessem adquirido o primeiro jogo, a compra do segundo sairia pela metade do preço. Uma boa jogada que agradou, pelo visto. Mas então, agora que o jogo saiu, será que realmente expansões e mais expansões cumpririam a idéia que VALVE queria? Foi mesmo cedo ela lançar uma continuação no mercado? O jogo é mais do mesmo com add-nos? Vou tentar responder nos próximos parágrafos.
A idéia do jogo continua a mesma: 4 pessoas literalmente “deixadas para morrer” tentando sobreviver a um apocalipse com milhares de zumbis mutantes tentando comer você (no bom sentido), entre outras coisas singelas. O jogo continua centrado entre a cooperação do time para que todos (ou quase) saiam vivos da campanha. Os 4 personagens do primeiro jogo dão lugar para novos 4 sobreviventes, todos com personalidade e voz bem distintos, porém a jogabilidade continua igual para todos, sem diferença no papel que cada um tem no time. Por um lado é ruim, mas por outro é bom por facilitar as coisas num jogo em que, literalmente, as coisas pegam fogo.
Como novidade temos novos infectados especiais, alguns geniais e outros que não são nada além de irritantes, como o Jockey, que monta em cima de seu personagem, como se estivesse cavalgando-o e o separa do grupo, leva para áreas perigosas, e por aí vai. Temos também uma dama super agradável. Temos também a Spitter que cospe ácido e cobre uma parte boa do chão com ele, causando dano forte e rápido. O Charger, um verdadeiro monstro que corre na direção que você estiver e te leva junto. É quase um Tank, só que com tudo pela metade: metade da força (ele só é forte de um lado) e metade do life (Graças a Deus). Juntem-nos aos Boomers (agora também com versões femininas), aos Hunters, Smokers, e se tem um ótimo cast de inimigos.
Tecnicamente falando, o jogo não impressiona. Ainda rodando na engine do Half-Life 2 apenas com algumas melhorias, o frame rate continua normal com 1 player, mas sofre bastante jogando-se com tela dividida. Tudo isso, claro, devido a enorme quantidade de inimigos que se pode ter ao mesmo tempo. Coisa de 50 infectados na tela, isso normalmente. O jogo não chega a ser feio, mas passa longe de ser um dos melhores gráficos já vistos no console. O som também continua bem parecido com o anterior, com músicas apenas para indicar um obstáculo eminente e outras poucas coisas. Já a dublagem e os diálogos entre os sobreviventes são bem legais e nisso cada um demonstra sua personalidade.
A campanha, que pode ser jogada sozinho com a ajuda da inteligência artificial assumindo os outros 3 sobreviventes, agora é maior que a anterior. Cada episódio com 4 ou até 5 estágios agora levam até 1 hora e meia para serem terminados. O jogo se tornou mais difícil que o anterior, teve sua dificuldade elevada com os novos infectados e agora, os ataques eminentes, ou hordas são mais freqüentes que no jogo anterior, o que aumenta, e muito, a tensão dos participantes. multiplayer continua sendo o forte do game, tanto para quem joga na campanha quanto para quem joga no modo versus. Jogar como um infectado continua super divertido, e fazer armadilhas para os sobreviventes, é mais divertido ainda.
Left4Dead 2 cumpriu sua promessa como sequencia, o jogo foi expandido o suficiente para justificar seu lançamento físico em mídia e não como Download Content. Detonar hordas e mais hordas de zumbis foi divertido ano passado e continua sendo divertido esse ano, ainda mais com as novidades. A VALVE acertou de novo.
Nota: 8,6
